Autor: Evandro Camillo Editora: Holos Editora Número de páginas: 44 Acabamento: Brochura Formato: 21 x 15 cm
Sinopse: É com imenso prazer que apresento a obra do Prof. Dr.Evandro Camillo, da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP, há bastante tempo esperada pela fruticultura brasileira, sobre um importante assunto para a cultura do maracujazeiro: a polinização do maracujá.
Conheci o Prof. Camillo pessoalmente durante a organização do 2º Simpósio Brasileiro sobre a cultura do maracujazeiro, que realizamos em Jaboticabal, em 1977. Procurei-o em seu laboratório na USP em Ribeirão Preto, onde tive a sua eficiente colaboração para o êxito do evento. Desde então, nosso relacionamento tem sido bem estreito, sempre evidenciando a sua paixão para atender melhor a biologia das xilocopas, onde se encontram as popularmente conhecidas mamangavas, principal agente polinizador do maracujá.
Falar sobre a importância da obra me faz reportar que o Brasil é o principal produtor de maracujá, onde a cultura registrou avanços importantes em sua tecnologia de produção, mas ainda depara-se com alguns problemas decorrentes de fatores internos e externos, que precisam ser equacionados para consolidar a hegemonia brasileira com essa cultura e, assim, possibilitar a abertura de novos mercados nas múltiplas facetas que uma visão integrada da cultura poderá oferecer.
Destaco a ligação com os fatores externos por estarem diretamente relacionados com o escopo da presente publicação. Dentre esses fatores, comento os relacionados ao ambiente, onde o desmatamento associado a práticas inadequadas de aplicação de pulverizações, muitas vezes realizadas em épocas de abertura das flores, que afetam e matam as mamangavas, as quais estariam trabalhando graciosamente para os produtores. Dessa forma, ficam os produtores na absoluta necessidade da realização das polinizações manuais para obter uma produção mais significativa, o que encarece o produto final. Note-se que essas atividades têm que ser repetidas diariamente, pois as flores permanecem abertas por somente um dia, mas florescem no mínimo 8 meses ao ano.
Tenho a absoluta certeza de que este texto será um livro de referência por abordar temas importantes para o conhecimento da biologia das xilocopas: como se multiplicam, seus hábitats favoritos, a colocação de ninhos nas lavouras com aumento significativo na produção, dentre outros assuntos abordados na obra. Portanto, ela em muito colaborará para a consolidação de grupos emergentes de pesquisa nesse tema palpitante da importância dos insetos polinizadores na fruticultura.
A qualidade do autor é evidenciada pelo seu reconhecimento no cenário brasileiro, pelos seus orientados em mestrado e doutorado, pelos inúmeros eventos em que sua presença é sempre destacada, além da sua excelente contribuição na pesquisa.
Jaboticabal, 20 de maio de 2003
Carlos Ruggiero
Professor Titular de Fruticultura da FCAV-UNESP
Editor-Chefe da Revista Brasileira de Fruticultura
Conteúdo: Sumário Prefácio do Prof. Carlos Ruggiero 1.Biologia do Maracujá Diferentes tipos de flores Horário de abertura das flores Tempo de curvatura dos estiletes Incompatibilidade Precipitação 2. Polinização do maracujá Polinização artificial Polinização natural Plantas alternativas para Apis mellifera Alimentos para Apis mellifera Repelentes para Apis mellifera Plantas alternativas para Xylocopa Uso de inseticidas Aumento do número de ninhos de Xylocopa Técnicas para polinização manual 3. Aspectos biológicos de Xylocopa Substratos (madeira) utilizados para a construção de ninhos Épocas de nidificações e número de gerações por ano Construção de ninhos e ciclo biológico Arquitetura dos ninhos Reativação ou reuso dos ninhos Atividades forrageiras Número de indivíduos produzidos por fêmea Duração dos estágios imaturos Aspectos sociais 4. Ninhos-armadilha e artificiais utilizados para aumentar a população de Xylocopa 5. Experimento sobre polinização do maracujá,realizado em Holambra,SP 6. Conclusões 7.Bibliografia